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quinta-feira, 3 de março de 2011

Aprendendo quem é a sua mamãe


Você nunca se perguntou por que o patinho feio confundiu a sua mãe?

O nome do que aconteceu com o patinho feio é o imprinting, não, não há tradução é assim mesmo,  funciona do mesmo jeito que o termo hot spot... rs
Imprinting nada mais é do que as primeiras impressões, funciona como as primeiras experiências e que estas por sua vez são inesquecíveis (tanto boas como ruins).

Este é um fenômeno exibido por vários animais jovens principalmente pássaros, tais como os patinhos e pintinhos. Quando saem dos seus ovos, eles seguirão o primeiro objeto em movimento que eles encontrarem no ambiente (o qual pode ser a sua mãe pata ou galinha, mas não necessariamente). Ocorre então uma ligação social entre o filhote e este objeto ou organismo. Os primeiros estudos científicos deste fenômeno foram realizados pelo austríaco naturalista Konrad Lorenz (1903 - 1989). Ele descobriu que, se gansos cinzentos fossem criados por ele desde filhotinhos, eles o seguiriam como se fosse sua mãe. Os gansinhos seguiam Lorenz até mesmo depois de se tornaram adultos e manifestavam uma maior preferência por ele do que por outros gansos! Em outros experimentos, Lorenz demonstrou que patinhos poderiam receber o imprinting não somente de seres humanos, mas também de objetos inanimados, tais como um balão. (texto tirado Aprendendo Quem é a Sua Mãe(o comportamento do imprinting) por Silvia Helena Cardoso e Renato M. E. Sabbatini.

Sim, Daniela o que isso tem a ver com a gente?
Calma...
Isso também pode ser verdadeiro para os humanos, sabia?
O neurocientista cognitivo Mark Johnson, na University of London, que trabalhou com pintinhos e agora estuda o fenômeno em bebês humanos, descobriu que, minutos após o nascimento, a criança demonstra uma preferência por estímulos vindos de um rosto qualquer. E, após a exposição visual a nós mamães, nossos bebês  demonstram uma forte preferência pelo nosso rosto (nhonn.. que lindo), provavelmente reforçada por uma grande atividade no organismo, incluindo síntese protéica e mudanças na transmissão sináptica – que ocorre comumente no cérebro durante o imprinting.

O  reconhecimento e o vínculo com um pai ou mãe depende do aprendizado  e não de uma reação geneticamente programada, é concebível que qualquer animal exposto exclusivamente a um membro de uma espécie diferente irá chamá-lo de “mamãe” – como as crianças presumivelmente criadas por lobos na Índia, ou os porquinhos adotados por uma tigresa na Tailândia, após ela mesma ter sido criada por uma porca. Sem uma capacidade tão grande de confiar, uma criança cuja mãe o abandonou, ou morreu pouco depois do parto, teria um destino sombrio ao não ser capaz de negociar suas preferências por um pai ou mãe adotivos.
Ainda bem, né?

Beijos, :*